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Minicursos e Oficinas

por ProfHistória publicado 09/04/2025 16h12, última modificação 25/04/2025 16h29

Minicursos


História pública, públicos acampados e escola itinerante do MST (21/05/2025)

Prof. Dr. Vanderlei Amboni

Reflexões sobre a história pública, públicos acampados e a presença da escola itinerante nos acamapamento do MST na espera da reforma agrária. Nelas, estão presentes as lutas sociais por educação do campo como direito humano-social, sua conquista, formas de resistências e existência material das escolas no campo no direito constitucional.

 

MINICURSO - O Ensino da História para crianças: Diálogos metodológicos sobre o conceito de tempo (21/05/2025)

Profa. Me. Greiciane Farias da Silva, UNESPAR

O presente minicurso tem como objetivo principal explorar metodologias e possibilidades de inserção do Ensino de História na Educação Infantil e Ensino Fundamental I, com foco na temática do “Tempo”. A partir da compreensão de como as crianças percebem e experienciam a passagem do tempo serão apresentadas quatro propostas pedagógicas para aprofundar conhecimentos acerca de como é possível alinhar os contextos familiar, escolar e social para um encontro com a infância. Este minicurso se baseia em uma experiência prática desenvolvida, dentre o mestrado ProfHistória, no ano de 2024, com crianças de 3 a 4 anos, por meio de uma sequência didática problematizadora. Durante o minicurso, discutiremos conceitos como scholé, kairós, tempo-do-agora, memória, espaço escolar e experiência, valorizando a infância como etapa plena da vida e não apenas como preparação para o futuro, além da ampliação do Ensino da História para além da disciplina de História. A proposta é refletir sobre o papel da História na formação das crianças, partindo de vivências concretas e significativas.

 

MINICURSO - Outras Idade Médias: Espacialidades expandidas (23/05/2025)

Prof. Dr. João Vicente de Medeiros Publio Dias

Há muito se discute sobre a fragilidade cronológica das periodizações clássicas, através das quais a historiografia contemporânea insiste a continuar a se organizar,  em especial a Idade Média. Criada com objetivo de exaltar uma modernidade marcada pelo progresso, ela foi retratada como um período intermediário (medium aevum) iniciado com o fim da civilização greco-romana e finalizado com seu renascimento pelos esforços dos eruditos e príncipes na Península Itálica. Desse modo, a Idade Média seria uma época de estagnação, barbarismo e superstição. Entremente, esta visão foi rejeitada, da mesma forma que seus limites cronológicos foram questionados (HEERS, 1994, p. 29-54). A ideia de uma ruptura drástica que marcaria a transição entre a Antiguidade e o Medievo foi amplamente substituída por uma lenta transição marcada por transformações de antigas práticas e instituições conhecida como Antiguidade Tardia (BROWN, 1972; CANDIDO DA SILVA, 2006). Da mesma forma, seu fim continua sendo debatido e renegociado (BASCHET, 2006). Se os limites cronológicos desta periodização são problemáticos, os geográficos são ainda mais questionáveis. Centrado nos desenvolvimentos históricos de uma Latinidade Cristã delimitada a Europa Central e Ocidental, o conceito mais usual de Idade Média ignora contextos ao sul e a leste nos quais vicejavam outras culturas e centros de poder de diferentes matrizes cristãs e islâmicas. Dessa forma, é impossível ter uma compreensão completa do Medievo sem entender o que estava ocorrendo simultaneamente no Mundo Islâmico, em Bizâncio, na Rus e outros espaços. Então, neste minicurso trabalharemos com um conceito expandido de Idade Média. Num primeiro momento, trabalharemos as origens desta periodização, as fragilidades em suas delimitações temporais e espaciais e o papel que histórias não ocidentais tiveram nela. Num segundo momento, serão abordadas as possibilidades e desafios de trabalhar com um conceito espacialmente mais expandido de Idade Média e apresentados trabalhos e iniciativas de investigadores brasileiros neste sentido.

 

MINICURSO - Histórias, Artes e Públicos: oportunidades e desafios (23/05/2025)

Prof. Dr. Michel Kobelinski, UNESPAR

Mestranda Rita Gabriele de Godoi Lima, PPGHP/UNESPAR

A iniciativa Histórias, Artes e Públicos surgiu como um projeto de extensão universitária do Curso de História da Universidade Estadual do Paraná, campus de União da Vitória. Seu objetivo é difundir conhecimentos históricos e artísticos, ampliar audiências e estimular a participação em projetos, produções e formas de consumo da história em espaços públicos, lugares de memória e museus, por meio de processos colaborativos e pesquisas em rede. Essas articulações se justificam pela necessidade de agregar valor à história e à arte em espaços públicos marcados por disputas identitárias e patrimoniais, além de valorizar o capital criativo e decisório das comunidades envolvidas nas diversas iniciativas. Do ponto de vista teórico e metodológico, foram estabelecidos diálogos entre a história pública e a arte pública de nova geração, visando à ativação das comunidades e à humanização dos espaços públicos. Considerando as oportunidades e desafios desses campos do conhecimento, é possível pensar em artistas, historiadores e especialistas engajados na reflexão sobre o passado e suas formas de consumo. Eles contribuem para valorizar a arte, a história, a cultura e a sociedade, conferindo-lhes sentido e significado. As artes públicas, por sua vez, envolvem formas sensíveis e criativas de comunicação e interação com as audiências. Elas podem maravilhar as pessoas, despertar nelas a sensação de inclusão e pertencimento, incentivar a busca por justiça e reparação ou até mesmo levá-las à ação — em alguns casos, por meio de atitudes destrutivas, como a recente derrubada de estátuas. As artes públicas — que incluem pintura, escultura, muralismo, fotografia, cinema, dança, música, audiovisual e performance, entre outras manifestações — reivindicam mediações, o envolvimento das comunidades, políticas de incentivo e a presença de práticas artísticas nos espaços públicos. Diante disso, como historiadores, artistas e públicos podem refletir sobre a sociedade e os usos do passado por meio das artes? De que maneiras podem expressar-se, interagir e colaborar nesses espaços públicos?

 

MINICURSO - História das Mulheres, Gênero e Interseccionalidades (23/05/2025)

Profa. Dra. Claudia Regina Nichnig, UNESPAR

O minicurso “História das Mulheres, Gênero e Interseccionalidades” irá tratar da trajetória e construção de um campo de estudos, como da História das Mulheres, dos Estudos de Gênero e é impulsionado por movimentos sociais como os Feminismos, movimento LGBTQIAPN+, os Mulherismos, Movimentos Negros e Indígenas no Brasil. Desta forma, será feito um caminho que percorre tanto as questões teóricas dos estudos de gênero, feminismos, sexualidades e decolonialidades, utilizando aportes como da História Oral e da História Pública, mas também as interseccionalidades, e forma como as múltiplas opressões se entrecruzam nos estudos e na prática. Pretende demonstrar como as agendas de luta dos feminismos e dos mulherismos no Brasil estão conectadas com outros movimentos sociais contemporâneos, como os feminismos latino-americanos, incorporando repertórios que relacionem as agendas políticas e as agências dos sujeitos, individual ou coletivamente, em busca da igualdade, do acesso à justiça e de uma vida sem violências. A proposta é demonstrar como estes campos realizam entrecruzamentos com o campo da História do Tempo Presente, associando o passado às temáticas atuais, como a luta das mulheres contra a ditadura e pela democracia, bem como com as lutas democráticas do presente, a partir de insurgências, reivindicações e práticas políticas de grupos Lgbtqiap+ e de mulheres negras, indígenas, lésbicas, trans, deficientes, entre outras, organizadas em coletivos ou instituições, trazendo suas principais demandas e agendas como o acesso à educação, ao trabalho, à saúde, à justiça, articuladas através das narrativas das próprias sujeitas e sujeitos.


Oficinas

 

OFICINA - Bebidas alcoólicas ancestrais: história e apropriações contemporâneas (21/05/2025)

Prof. Dr. Rafael Afonso Gonçalves, UNESPAR

A proposta desta oficina é explorar aspectos históricos da produção de bebidas alcoólicas em diferentes períodos da história do Brasil. Resultado de um processo natural que transforma açúcares — inclusive os presentes em frutas — em álcool, a fermentação é uma técnica que foi dominada, normatizada e sistematizada por diversas comunidades ao longo do tempo, dando origem a uma grande diversidade de alimentos líquidos. O objetivo da oficina é oferecer um panorama histórico dos fermentados por meio de registros encontrados em diversas fontes históricas. Além disso, pretende-se discutir aspectos da fermentação, as apropriações e as versões criadas por produtores brasileiros nos últimos anos. Também será realizada a degustação de uma dessas beberagens, o aluá, preparada a partir de receitas extraídas de livros produzidos entre os séculos XIX e XX.

 

OFICINA - Corpo Arquivo: Ensino, Público e o Corpo como Discurso (21/05/2025)

Mestrando Matheus Ribeiro, ProfHistória/UNESPAR

Esta oficina convida os participantes a experienciar práticas criativas que conectam teatro, performance, narrativa e memória, enquanto reflete sobre a relação entre o ensinar e o público. Partindo da pergunta central "Quais discursos meu corpo performa?", a proposta investiga como o corpo se torna um espaço de ensino e aprendizagem, no qual a memória coletiva atravessa a subjetividade da memória individual, transformando-o em um território arquivológico de narrativas vivas. No encontro, abordaremos o performar como um ato de presentificar a memória, refletindo sobre como o processo de ensino também pode ser performativo, onde o corpo não apenas transmite, mas também absorve e ressignifica saberes. Por meio de experimentações corporais, a oficina busca proporcionar aos participantes a oportunidade de refletir sobre como as experiências e as memórias compartilhadas constroem discursos performativos, ampliando a compreensão de como o ensino e a aprendizagem se materializam nos discursos presentes em nossos corpos no tempo presente.

 

OFICINA - Podcast em História (21/05/2025)

Prof. Dr. Marcelo de Souza Silva, UFTM

Esta oficina vai trazer aos participantes algumas das principais orientações para a produção de um podcast de história, desde a sua concepção, a preparação do projeto, pesquisa de conteúdo, gravação e edição. O objetivo principal é, ao final, apresentar anteprojetos com ideias de episódios ou conjunto de episódios que serão, posteriormente, produzidos de forma remota. Partiremos das reflexões sobre a História Pública e a divulgação científica e em como estas áreas têm contribuído para a formação de profissionais cada vez engajados nos combates pela história no universo digital. Estas ações de contraposição ao negacionismo histórico precisam ser realizadas de uma maneira que alie o rigor da pesquisa e metodologia da história, sem, contudo, deixar de conversar com o grande público. Neste sentido, também propomos a reflexão sobre a mídia podcast a partir de suas potencialidades no ensino, pesquisa e extensão no campo da História. Buscaremos, por fim, enfatizar o caráter coletivo e formativo que o trabalho com podcast pode trazer para os profissionais da História.

 

OFICINA - Licitações Públicas para Historiadores: Participação em Editais das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc (23/05/2025)

Mestrando Wagner Fonseca Souza, PPGHP/UNESPAR

A oficina tem como objetivo capacitar profissionais da área de História para atuarem de forma efetiva em políticas públicas culturais por meio da participação em editais financiados pelas Leis Paulo Gustavo (LC 195/2022) e Aldir Blanc (Lei 14.399/2022). A atividade será desenvolvida em dois momentos: uma introdução teórica acessível, com apresentação das bases legais, instrumentos normativos e critérios de habilitação para historiadores, seguida de uma etapa prática, na qual os participantes analisarão um edital real, identificarão a documentação exigida e simularão a elaboração de uma proposta cultural simplificada. Entre os temas abordados estão: conceitos básicos de licitação, análise dos dispositivos legais que regulam a LPG e a LAB 2, documentação exigida (certidões negativas, comprovação de atuação, CNPJ/MEI), além de orientações para adequação das propostas culturais aos parâmetros exigidos por lei, especialmente no que se refere aos critérios de participação previstos na Lei Complementar 123/2006. A oficina propõe-se a preencher uma lacuna formativa recorrente entre historiadores, democratizando o acesso a recursos públicos e contribuindo para a preservação e valorização do patrimônio histórico por meio da atuação profissional em editais culturais.


Robótica no Ensino de História e Patrimônio Cultural

Profa. Dra. Janaína Cardoso de Mello, UFS

A oficina “Inteligência Artificial e Robótica na Educação Histórica: Práticas de História Pública” propõe uma imersão crítica e prática nas possibilidades do uso de tecnologias emergentes no ensino de História. A partir de uma abordagem interdisciplinar, serão exploradas ferramentas de Inteligência Artificial e Robótica Educacional como aliadas na construção de narrativas históricas mais interativas, inclusivas e acessíveis. A oficina valoriza o protagonismo discente e o uso da tecnologia como meio para práticas de História Pública voltadas à memória, ao patrimônio cultural e à justiça social. Serão apresentadas metodologias ativas e projetos com foco em aprendizagem significativa, com ênfase em contextos escolares e comunitários. O conteúdo será trabalhado por meio de demonstrações, experimentações e debates críticos. A proposta visa estimular o uso ético e criativo das tecnologias no ensino de História. Além disso, serão discutidas estratégias para o combate ao racismo epistêmico e à exclusão digital. A oficina se insere no campo da Educação Histórica crítica e antirracista. É voltada para educadores/as, estudantes e interessados/as em inovação educacional.